quinta-feira, março 28, 2024
COLUNISTASRosi Will Lenk

A capacidade de nos colocarmos no lugar do outro!

Ainda criança, criamos esta capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, imaginando como seria se pudéssemos sentir naquele momento o que o outro está sentindo, seja numa situação de extrema alegria ou tristeza.

Porém, esse imaginar o que o outro está sentindo, pode nos fazer cometer erros graves, porque muitas vezes através desta imaginação tentamos adivinhar qual seria a atitude do outro mediante tal situação. Pela razão de agirmos de tal forma, acabamos pensando que o outro também deveria agir assim, acreditando estarem corretas somente as pessoas que agem da mesma maneira que nós, e quando isso não acontece nos decepcionados.

Esse julgamento acaba sendo cruel, porque a dor do outro nunca é igual a minha, o que é extraordinário para mim pode ser banal para o outro, tornando assim injusto prever ou julgar o que o outro faria em determinada circunstância. No instante em que me coloco no lugar de outra pessoa, são os meus valores que se fazem presentes, e por que pensar que somente a minha maneira de agir seria correta? Cada um é como é, com princípios e valores próprios.

Quantas vezes passamos por alguma dificuldade na vida e ouvimos ou dizemos a frase “eu já passei por isso e sei o que você está sentindo”. Lamento informar, mas não sabemos o que o outro está sentindo, a dor é sempre singular, mesmo que já tenhamos passado pelo mesmo sofrimento, a dor não é igual e a atitude nem sempre é a mesma, nem por isso a outra pessoa estará errada.  

Os que conseguem entender estas diferentes formas de pensar e agir são mais tolerantes mediante seus próprios pré-conceitos, buscando assim, ao se colocar no lugar do outro, dedicar-se a compreender e não julgar!