Preso mais um suspeito de sequestrar vereador de Brejetuba
Ricardo Rodrigues é suspeito de ameaçar Antônio da Saúde e obrigá-lo a assinar documento para renunciar ao mandato
Vereador de Brejetuba, Antônio da Saúde
O terceiro suspeito de participar do crime, Ricardo Rodrigues, se apresentou na Delegacia de Mutum, em Minas Gerais, nesta quarta-feira (10). Segundo informações da polícia, ele estava escondido no município da Serra. “O cerco estava armado. Já tínhamos levantado a localização dele. Ele tinha se escondido na Serra e estávamos monitorando ele lá”, informou o delegado responsável pelo caso, Cláudio Rodrigues Araújo.
As investigações apontaram que Ricardo ajudou no sequestro de Antônio Marcos Bonifácio de Souza (Cidadania), e teria feito diversas ameaças para obrigar o vereador a deixar o cargo. Segundo o delegado, ao se apresentar, Ricardo estava acompanhado do advogado e permaneceu em silêncio. “Ele ficará preso em Minas Gerais porque se apresentou lá, e fica aguardando até a Justiça solicitar”.
Outras duas pessoas já foram presas. Ronivon Custodio Patrocínio foi detido no dia 25 de fevereiro. Ele é suspeito de ter oferecido carona ao vereador para sequestrá-lo. Josué Celirio, suplente de Antônio da Saúde, foi preso no dia 5 de março, suspeito de ser o mandante do crime.
Nas últimas eleições, Josué teve 303 votos e ficou na suplência de Antônio, que foi eleito com 382 votos. O objetivo de Celirio era assumir a cadeira na Câmara após a renúncia do vereador. “Ele coordenou e planejou essa extorsão mediante sequestro”, afirmou Cláudio. O quarto participante do crime ainda não foi localizado.
Entenda o caso
Antônio da Saúde contou à polícia que foi sequestrado no dia 17 de fevereiro, em Brejetuba. O caso teria ocorrido enquanto ele se dirigia à Câmara para uma reunião. Ele relatou que foi levado por dois homens para uma região rural e, sob ameaças, obrigado a assinar um documento renunciando ao cargo de vereador. Depois de passar cinco horas nas mãos dos criminosos, foi deixado em Viana.
“Foi uma grande tortura psicológica, ele estava com arma apontada pra cabeça o tempo todo. Ainda tiveram a audácia de mandar ele ligar pra Câmara e confirmar que enviaria alguém para entregar o documento no local comunicando a renúncia”, informou fonte que não quis se identificar.
Com informações da Redação FV