PC prende casal no Espírito Santo suspeito de enterrar corpo do filho, em Minas Gerais
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Nova Venécia, prendeu, no município, um jovem de 18 anos, e a namorada dele, de 16. Segundo o titular da DHPP, delegado Wilian Dobrovosk Simonelli, o casal é suspeito de enterrar o corpo do filho recém-nascido, no município de Ouro Verde, em Minhas Gerais.
O delegado explica que a chave para a polícia localizar os suspeitos foi o pai do rapaz. O homem esteve na Delegacia onde informou que viajou da cidade mineira para a capixaba, na tentativa de encontrar o filho para amenizar as alegadas dificuldades financeira e de moradia do casal.
Wilian Dobrovosk conta que, para se manter em Nova Venécia, o avô do bebê chegou a trabalhar na colheita de café, enquanto buscava informações sobre o paradeiro da família. Quando descobriu onde o filho estava, o pai do suspeito foi até a delegacia.
Os policiais seguiram ao local indicado por ele, no bairro São Cristóvão, onde encontraram o casal abrigado numa manilha, deixada em uma das ruas. Os jovens foram conduzidos à Delegacia Regional de Nova Venécia.
Em depoimento, a adolescente confirmou à polícia que ela e o namorado enterraram o corpo do bebê nos fundos da casa da avó, na cidade mineira de Ouro Verde. Entretanto, de acordo com o delegado, “ela não informou se a criança foi assassinada, limitando-se a dizer que seu namorado sufocava o recém-nascido”.
Além disso, acrescentou o titular da DHPP, a mãe relatou que, após a morte do filho, ela e o companheiro decidiram subtrair uma motocicleta que usaram para viajar a Nova Venécia, onde venderam o veículo por R$ 2 mil. “Constatamos que o jovem estava com mandado de prisão preventiva em aberto, por crime patrimonial, expedido pela Justiça de Teófilo Otoni, em Minas”.
Em contato com o delegado responsável pela circunscrição de Ouro Verde, a Polícia Civil de Nova Venécia foi informada que a polícia mineira havia sido demandada recentemente acerca do caso. A autoridade policial de Minas, então, solicitou o transporte da adolescente e do namorado, para assumir o caso.
O delegado Wilian Dobrovosk adianta que, dependendo do resultado das investigações sobre a causa da morte e eventual participação do casal, num primeiro momento, o rapaz pode responder por ocultação de cadáver e, a adolescente, por ato infracional análogo a esse mesmo tipo de crime.
Texto – Marcelo Rosa