Dia Mundial Sem Tabaco alerta para danos causados ao pulmão
Texto: Sesa
O dia 31 de maio foi estabelecido como Dia Mundial Sem Tabaco pela Organização Mundial da Saúde para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo e defender políticas para reduzir o consumo de tabaco. Este ano, o tema da campanha é “Tabaco e Saúde Respiratória”.
Segundo a referência técnica do Programa Estadual de Controle do Tabagismo da ,
Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Katia Guerzet, a campanha deste ano tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o impacto negativo que uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exerce sobre a saúde pulmonar.
“É alertar a população sobre os riscos de doenças pulmonares oriundas do consumo de tabaco e de seus produtos derivados. Muitos estudos evidenciam que o consumo de derivados do tabaco (cigarro, charuto, narguilé) causa quase 50 doenças diferentes”, disse.
Doenças como câncer de pulmão, câncer na garganta, a piora da pneumonia e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) são relacionadas diretamente aos efeitos do cigarro no pulmão.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
O fumo é a principal causa da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), constituída por enfisema pulmonar e bronquite crônica, por exemplo. A enfermidade é considerada a mais prevalente das doenças provocadas no pulmão pelo cigarro.
Com o objetivo de alertar sobre os danos do fumo à saúde pulmonar, a pneumologista Maria Cristina Alochio, do Ambulatório de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, no setor de Oxigênio e Asma do Centro Regional de Especialidades Metropolitano (CRE Metropolitano), em Cariacica, lembra da importância da campanha. “Um cigarro tem mais de 4 mil substâncias tóxicas e o tabagismo causa danos irreversíveis ao pulmão”.
O CRE Metropolitano oferece serviço de especialidade em pneumologia. No ambulatório de DPOC, referência no tratamento da doença no Estado, são tratados anualmente aproximadamente 700 capixabas. “Desse número, cerca de 90% que chegam para o tratamento é devido ao tabagismo. E a média de idade é de 69,5 anos”, informou Maria Cristina.
Outra preocupação, de acordo com Maria Cristina, é em relação aos fumantes passivos. “Tenho pacientes que nunca foram tabagistas, mas que desenvolvem a DPOC por causa do companheiro ou da companheira que fuma. Se você convive com fumante, você fuma junto, e é tão prejudicial quanto”, alertou.