Empresários usam rapel e resgatam cães em pedreira de Afonso Cláudio
Texto: Rosi Lenk/Fotos: Roberto Teles
O produtor rural de cafés especiais Theodoro Stein, morador do Distrito de Vila Pontões, região Serrana do Estado, teve uma missão diferente neste último final de semana, junto com dois escaladores do município: salvar dois cães que caíram do alto de uma pedreira e ficaram presos no local.
No sábado (31), com muita chuva caindo em toda região, o produtor rural percebeu que um cão latia e uivava muito no alto de uma pedreira próxima a sua casa. O que chamou a atenção do produtor, é que no domingo o cão ainda estava no mesmo lugar, e continuava latindo muito. E para sua surpresa, ao se dirigir sentido à pedreira, percebeu que não era só um, mas dois cães que haviam escorregado na pedra. “Provavelmente um cão ouviu o outro latindo muito, e ao se aproximar, também escorregou nas pedras molhadas, pois chovia muito”, contou Theodoro.
Ao visualizar o local e perceber que era impossível chegar onde os dois cachorros estavam, a não ser com o uso de cordas, Theodoro Stein entrou em contato com o Corpo de Bombeiros de Venda Nova do Imigrante. Devido às chuvas que caíam torrencialmente durante o fim de semana em todo Estado, os Bombeiros informaram que tinham muitas ocorrências em andamento por conta das enchentes que assolavam algumas cidades, provavelmente só poderiam vir posteriormente.
Na segunda-feira (02) bem cedinho, os empresários Robson Scardua Silveira e Roberto Teles foram convidados a realizarem os salvamentos, e prontamente aceitaram o desafio. Acostumados a escaladas e adotando técnicas do curso de resgate em montanhas, subiram cerca de dois quilômetros até o alto da colina e fazendo rapel conseguiram descer a pedreira em torno de 30 a 40 metros e resgatar os animais. Um dos cães, devido à agressividade, precisou ser imobilizado.
“Foram adotadas técnicas do curso de resgate em montanhas e estabilização do animal devido à agressividade de um dos cachorros. Com muita calma consegui passar uma fita no pescoço do cachorro e o Robinho segurando a fita, consegui com outra fita passar em volta do focinho e assim evitar que o mesmo pudesse nos morder, em seguida foram utilizadas outras fitas de segurança e mosquetões formando tipo uma camisa que o mantinha preso e pronto para ser rebocado para cima sem o deixar bater nas pedras. O segundo Cachorro foi mais fácil, pois era mais dócil e com segurança conseguimos iça-lo mais facilmente ao topo. Estão salvos!” Comemorou Roberto.
