quinta-feira, novembro 21, 2024
POLÍTICA

Câmara abre processo de Impeachment contra prefeito que atirou no meio de manifestação na BR 262

Texto: Elimar Côrtes/Fotos: Elimar Côrtes

Por cinco votos a quatro, a Câmara Municipal de Brejetuba acolheu denúncia formulada por um morador e decidiu instaurar Processo de Cassação de Mandato do prefeito João do Carmo Dias (PV), mais conhecido como João Lourenço. A partir da notificação, que seria entregue ainda nesta quarta-feira (2205), ele fica afastado por um período de 180 dias enquanto tramitar o julgamento na Câmara de Vereadores. A sessão que decidiu pela abertura de impeachment aconteceu na tarde de terça-feira (21/05).

O prefeito João Lourenço é acusado de uma série de irregularidades. Em 27 de maio de 2018, há quase um ano, o prefeito foi preso após uma confusão em um ponto de manifestação de caminhoneiros, na BR-262. Ele foi preso em flagrante por ter atirado em direção a um ônibus que furou um bloqueio da greve dos caminhoneiros na BR-262. Segundo a Polícia Militar na ocasião, outro crime praticado foi estar embriagado ao volante.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal, os vereadores decidiram pela abertura do processo de cassação contra o prefeito porque ele, além de atirar nos manifestantes, foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas, por autorizar a construção de prédios em desacordo com o Plano Diretor Municipal (PDM) e por ter sido condenado, numa ação por assédio moral, em Juízo de primeiro grau.

Com a notificação, João Lourenço é afastado e em seu lugar assumir vice-prefeito, Samuel Quirino de Oliveira, conhecido como Hélio Quirino. O prefeito assinou a notificação na tarde desta quarta-feira (22/05).

De acordo com Decreto n 018/2019, assinado pelo presidente da Câmara Municipal, Leandro Santana da Silva, e emitido nesta quarta-feira (22/05), a Comissão Processante, composta pelos vereadores Ademir Antônio Gomes (presidente), Ézio Gonçalves Ribeiro (secretário) e Delurdes da Costa Miranda (relator), terá prazo máximo de 180 dias para conclusão dos trabalhos.

O processo de impeachment contra João Lourenço foi provocado por um morador da cidade, o lavrador João Prueza da Silva.