O poder da oração
Jacó estava viajando da Mesopotâmia para Canaã. Estava viajando com toda a sua família (menos Benjamim que ainda não havia nascido). Eram muitas pessoas, família grande.
Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, tinha um problema para resolver; um sério peso de consciência. Precisava fazer as pazes com Esaú, seu irmão, a quem havia passado para trás, enganando-o de todas as formas. Depois de ter ajustado a sua relação com Labão, seu sogro, ele resolveu ir ao encontro de seu irmão e lhe pedir perdão. Jacó estava absolutamente cheio de medo do encontro com seu irmão. Quando se tem medo, imagina-se o pior.
Jacó acordou cedo. Tratou de acordar as mulheres, os filhos e os empregados, e se pôs a caminho com a caravana, composta também por um grande número de animais.
Você pode ver Jacó se apressando para a saída? Posso ouvir o barulho das pedras sendo pisadas pelos animais no romper da manhã.
Como sempre, Jacó, o enganador, queria tudo do seu jeito. Traçou um plano para comprar o perdão de Esaú. O verdadeiro perdão não aceita nenhuma moeda de troca. Deus traçou um plano diferente para Jacó.
O medo e o desejo de resolver logo o seu problema eram tão grandes que Jacó se levantou no meio da noite, acordou todo mundo e decidiu atravessar o rio Jaboque. Só alguém com um coração encharcado de medo podia pensar em fazer isto no meio da noite. Depois de fazer passar pelo rio as mulheres, os filhos e tudo o que era seu, estranhamente Jacó ficou para trás. Talvez por estar cansado. Talvez por que queria ficar sozinho. Talvez porque Deus o quisesse.
Sozinho, Jacó foi apanhado por alguém misterioso. Um anjo talvez. Deus. E este alguém misterioso lutou com Jacó durante horas. Do meio da noite até o amanhecer. Uma luta física. Estranho, não é? Golpes. Tentativas de imobilização.
No silêncio daquele amanhecer, do lado de cá do rio Jaboque, Jacó teve a sua coxa deslocada. Como podia agora seguir com sua
caravana, que já ia longe à frente? Foi quando ele ouviu a voz de Deus:
“Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste”. Gênesis 32:28
“Você não sabe mais nem o seu nome. Porque o seu nome não é mais Jacó. Agora o seu nome é Israel. O seu nome não é mais ENGANADOR. Agora o seu nome é AQUELE QUE REINA COM DEUS.” A bênção que Jacó roubou de seu irmão ele agora recebeu diretamente de Deus, apesar de ser um enganador. Depois de receber a bênção, Jacó deu nome àquele lugar: “Peniel – Diante da face de Deus. Porque eu vi Deus face a face e ainda estou vivo”. (Forma humana)
Irmãos, a oração tem grande poder. Por meio dela Deus preservou a vida da família de Jacó. Por meio dela Deus abrandou o coração de Esaú. A oração lança fora o medo. Deus precisou orar com Jacó para que o medo fosse removido do seu coração.
Só pode orar a Deus aquele que confia nele. Do contrário não vai orar. Oração é um ato de confiança. “Muito pode por sua eficácia a oração de um cristão”.
Existem orações que precisamos fazer a vida inteira. Orar pela vinda de Jesus deve ser a nossa maior persistência. “Venha o teu Reino” é a petição de Jesus no Pai Nosso. “Vem, Senhor Jesus” é a última oração da Bíblia.
Depois as outras coisas. Com a vinda de Jesus vão acabar todos os nossos sofrimentos e todas as nossas angústias.
Deus tem três tipos respostas para as nossas orações: sim, não ou ainda não. E na parábola de hoje Jesus nos diz que é necessário persistir na oração, orar sempre. O apóstolo Paulo também nos ensina que devemos orar sem cessar.
Não há cristão que não tenha tempo para orar sem cessar. Jonas orou sem cessar na barriga do peixe. Quando falamos em orar sem cessar, estamos falando da oração espiritual. Ou seja, ninguém é tão ocupado com seu trabalho ao ponto de não poder falar com Deus em seu coração. Mesmo quando trabalha, dirige, anda de ônibus ou faz qualquer outra coisa decente, o cristão pode levar a Deus as suas
aflições e as angústias de outros. Deus escuta mesmo que nossos lábios não se movimentam.
Deus nos ensina a orar através da Palavra; ele nos ensina a sua vontade para a nossa vida. Pois em termos de vontade nós e Deus somos muito diferentes. Deus nos diz em Isaías: “Os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês”.
O salmo 121, começa com essa pergunta: “Olho para os montes e me pergunto: de onde virá o meu socorro?” Talvez esta pergunta esteja latejando dentro de você. Já latejou dentro de meu peito muitas vezes.
E o salmista responde: “O meu socorro vem do Senhor Deus, que fez o céu e a terra.” Nós, hoje, ainda diríamos: “O meu socorro vem do Senhor Deus, que enviou do céu para a terra o seu único Filho para nos ajudar e salvar”.
Queridos leitores, quando oramos a Deus estamos falando com o Deus Todo-Poderoso. Não existe no céu ou na terra alguém que seja mais poderoso do que ele. As orações têm contribuído grandemente para curar pessoas desenganadas pela medicina humana, para livrar do mundo das drogas, do alcoolismo, para livrar da impiedade, da imoralidade.
Quando oramos verdadeiramente a Deus estamos falando com o Deus que tem o seu poder dirigido pela misericórdia. Todo o poder de Deus é movido pela sua misericórdia. As orações têm ajudado na sobrevivência de famílias muito pobres e cheias de necessidades. Elas têm ajudado a abrandar corações enfurecidos e cheios de rancor.
Deus, o criador do céu e da terra, seja louvado porque deixou para nós a oração.
Jesus seja louvado porque nos disse: OREM SEMPRE, SEM NUNCA DESISTIR OU DESANIMAR. Ainda bem, graças a Deus, que Jesus disse assim. Que Deus te abençoe sempre. Amém
Roberval Ribet