Acusados de tráfico e homicídio são presos pela Polícia Civil de Santa Maria de Jetibá
Texto: Kennedy Lenk/Fotos: Polícia Civil
A sociedade de Santa Maria de Jetibá está mais tranquila depois da prisão de Nelson Hinz, de 36 anos, acusado de assassinar com golpes de faca, seu próprio tio. Outro que já está na prisão é Ciro Batista de Oliveira, de 39 anos, considerado um dos braços fortes do tráfico em Santa Maria de Jetibá. O primeiro foi encontrado na localidade de Rio Lamego, no mesmo município. Já o segundo, foi preso na sua residência, em Cariacica.
As duas ocorrências foram registradas pela equipe do delegado Fabrício Lucindo, que comanda as delegacias de Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina. Com a união das equipes e da célere resposta do judiciário, os acusados foram localizados e presos no início desta semana. De acordo com a polícia, o acusado de assassinato, Nelson Hinz, foi condenado a 12 anos de prisão depois de esfaquear seu tio, no ano de 2010.
“As investigações apontaram que Nelson utilizou uma faca de cozinha para matar seu tio durante uma discussão em família. A faca ficou cravada na região do abdômen da vítima, que chegou a ser socorrida, mas morreu durante atendimento no hospital de Santa Maria de Jetibá. Nelson tinha conhecimento da condenação, mas não do mandado de prisão. Conseguimos surpreendê-lo sem que ele esboçasse qualquer reação,” contou o delegado.
Tráfico
Depois da prisão de Nelson, os policiais se deslocaram até o Bairro Vale dos Reis, em Cariacica, onde estava Ciro Batista de Oliveira, o Siri, acusado de conectar traficantes da grande Vitória aos pequenos distribuidores de entorpecentes de Santa Maria de Jetibá. Nos últimos 10 meses, as polícias civil e militar de Santa Maria de Jetibá, prenderam dezenas de envolvidos com entorpecentes naquela região. Em todos os registros de prisões tinha a digital de Siri.
Para a polícia, Ciro Batista de Oliveira, era o mentor intelectual das ações do tráfico em Santa Maria de Jetibá e cidades vizinhas. As investigações mostraram que ele fornecia as drogas, encaminhava os envolvidos da grande Vitória para abastecer os vendedores, e alugava imóveis para abrigar seus comandados. De acordo com a polícia, Siri pagava advogados para defender seus parceiros de crime, e mantinha boa estrutura, apesar de seu estado de saúde.
Siri ficou tetraplégico em 2014, depois de uma troca de tiros com traficantes. Em Cariacica, o acusado mantinha sua relação com o crime em cima de uma cama, na localidade de Vale dos Reis. Sua residência é cercada de muros altos e câmeras de vídeo monitoramento. Foi lá que os policiais encontraram o suspeito e cumpriram o mandado expedido pela comarca de Santa Maria de Jetibá. Siri foi conduzido de Ambulância até o presídio de Viana.
A estrutura mantida pelo acusado chamou a atenção da polícia. “Ciro Batista, o Siri, como é mais conhecido, se preocupava com sua segurança, bancando despesas com muros altos e vídeo monitoramento. Ele monitorava toda movimentação no entorno de sua casa. Durante a operação, apreendemos muito material entorpecente e bloqueamos contas bancárias usadas pelo grupo. Siri foi conduzido para Centro de Triagem de Viana (CTV),” contou Fabrício Lucindo.