Afonso Cláudio vai colher supersafra de cafés Arábica e Conilon
Texto: Kennedy Lenk/Fotos: Kennedy Lenk
Dados levantados pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), apontam que o Espírito deve colher entre 13 milhões e 15,4 milhões de sacas de cafés Arábica e Conilon em 2020. O Estado deve contribuir para uma safra recorde no Brasil. Segundo levantamento nacional, o Brasil deve produzir entre 57,15 milhões e 62.02 milhões de sacas de café em 2020.
Anualmente, é realizado o Coffee of The Year (Coe), durante a Semana Internacional do Café (Sic). Em 2019, o prêmio de 1º lugar na categoria Canephora (Conilon), foi conquistado por uma agricultora de Muqui, e muito comemorado pelos capixabas, que também viram o município de Brejetuba ficar com o título de segundo lugar na categoria Arábica. Além deles, o Espírito Santo conquistou o terceiro lugar na categoria Canephora. Todas as quatro amostras capixabas ficaram entre as dez classificadas e dentre as 25 finalistas.
Pontões: Distrito do Café Especial em Afonso Cláudio
Entre os grandes produtores do Espírito Santo, Afonso Cláudio e Brejetuba se despontam na produção do café Arábica. O Distrito de Pontões, conhecido como o “Distrito do Café Especial”, abriga várias famílias que contribuem para o grande resultado. Entre eles, estão os produtores Theodoro Stein e Rodolfo Sérgio Ferreira Kiefer.
Theodoro Stein, por meio de intercâmbio está agregando valor ao seu café especial, cultivado a uma altitude de 850 metros e produzido em uma área de três hectares. Segundo o produtor, o segredo para o sucesso está na pós-colheita, na secagem dos grãos por meio de terreiro suspenso de dois lances, dentro de estufas fechadas que recebem o calor necessário. A colheita de 2019 foi de 80 sacas. Este ano o trabalhador estima que a produção seja de 200 sacas de cafés especiais.
No mesmo Distrito, na localidade de Liberdade, o produtor Rodolfo Sérgio Ferreira Kiefer revelou que seu trabalho redobrou em relação ao ano passado. Rodolfo saiu de uma safra de 130 sacas, e estima uma colheita de superior a 450 sacas de Café Arábica, plantado em uma área de sete hectares. Atendido em 2019 pelo Senar, o agricultor disse ao Diário ES, que sentiu a falta de mais engajamento do poder público na agricultura. “Os agricultores lutam diariamente para produzirem cafés de qualidade. O poder público poderia aproximar um pouco mais desta classe que é a principal receita do município. Sempre carecemos de apoio técnico e estradas de boa qualidade”, revelou Rodolfo Ferreira.