quinta-feira, novembro 21, 2024
SAÚDE

Tratamento com plasma em pacientes com covid-19 pode diminuir risco de morte; hematologista explica!

Uma das dificuldades encontradas no tratamento, é em relação a compatibilidade dos tipos sanguíneos
O plasma é a parte líquida do sangue, formado por substâncias como potássio, cálcio, magnésio, proteínas, vitaminas e hormônios, corresponde a mais da metade do volume sanguíneo.

Os anticorpos produzidos por pacientes curados da covid-19 podem ser úteis e auxiliar na recuperação de pacientes que tenham casos moderados ou graves do novo coronavírus. Trata-se de um novo tratamento com plasma de doadores curados que pode significar menor tempo de internação nos hospitais, UTI’s e menor risco de morte pela infecção.

No Espírito Santo, o Hemoes, em parceria com a Vigilância Epidemiológica e o Lacen, realizam uma pesquisa para testar a eficiência do método, avaliando a evolução clínica diária dos doentes que receberam a transfusão.

Teste 

Em São Paulo, o método vem sendo testado e apresentado bons resultados. O hematologista e hemoterapeuta da Beneficência Portuguesa de SP, André Larrubia, explica que o tratamento consiste em retirar uma parte do sangue de pacientes que já se curaram de covid-19, ou seja, já apresentam imunidade contra o vírus, e transfundir em pacientes que apresentem quadros graves da doença.

Como os anticorpos agem no corpo do paciente infectado?

“No tratamento com plasma, os pacientes recebem anticorpos específicos contra o novo coronavírus, na tentativa de combater a doença de forma mais rápida. É a chamada imunoterapia passiva, que visa diminuir a carga viral, os sintomas e as complicações da doença”, explicou o médico.

Uma das dificuldades encontradas no tratamento, é em relação a compatibilidade dos tipos sanguíneos, assim como em transfusões de sangue comuns, é necessário que o doador e o paciente sejam do mesmo tipo sanguíneo.

Como é feita a coleta e transfusão? 

De acordo com o hematologista, a coleta de plasma desses doadores pode ocorrer de forma semelhante a uma doação normal ou através de um equipamento chamado processadora automatizada. “No primeiro caso, o plasma é separado da mesma maneira que numa doação de sangue. Na coleta automatizada, também chamada de coleta por aférese, é retirado somente o plasma e todo restante é devolvido para o doador”.

De acordo com as entidades médicas, é muito importante que este tratamento apresente resultados positivos, pois dessa forma seria possível reduzir o índice de mortalidade dos pacientes, o tempo de permanência nos respiradores, assim como a liberação das UTI’s.

Fonte: Redação FV


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