Polícia Ambiental apreende armas, animais silvestres e fiscaliza áreas de preservação em Domingos Martins

Foto: BPMA

Nesta quinta-feira (15), policiais da 2ª Companhia do Batalhão de Policia Militar Ambiental (BPMA), apreenderam animais silvestres, armas, munições e constataram danos em Áreas de Proteção Permanente (APP). As ocorrências foram registradas no município de Domingos Martins.

Em uma ação, durante patrulhamento na localidade de Panela, militares se depararam com várias gaiolas penduradas na varanda de uma casa. O morador da residência, ao avistar a guarnição do BPMA, correu para dentro da mesma, em atitude suspeita.

Diante disso, os policiais solicitaram a presença do cidadão, que permitiu que os militares se aproximassem das gaiolas, sendo possível constatar que se tratava de pássaros silvestres da espécie Coleiro sem autorização do órgão competente. O cidadão foi perguntado se teriam mais pássaros dentro da sua residência e esse confirmou que sim.

Os policiais então realizaram uma fiscalização no interior da casa e percebeu que o indivíduo esboçava muito nervosismo e inquietação. Perguntado se teria arma na casa, o mesmo disse que não, que de maneira nenhuma teria arma em sua residência. Porém, durante a fiscalização, em uma cômoda próximo à cama foi encontrado um cartucho de munição calibre 32. No mesmo local, os militares também encontraram uma espingarda calibre 32, com 31 munições do mesmo calibre intactas e na caixa, além de nove cápsulas deflagradas, uma munição 32 de metal e uma bucha de redução de 32 para 38.

A equipe também realizou buscas no interior do automóvel do cidadão, encontrando dentro da carcaça do freio de mão um revólver calibre 38 da marca Rossi, com cinco munições ponta oca intactas no tambor, além de quatro munições ponta oca intactas em uma bolsa, três munições ogivais e nove capsulas de munição 38 deflagradas. Concluída a fiscalização em todo o local, a guarnição encaminhou o indivíduo para a Delegacia de Polícia de Marechal Floriano, apresentando-o juntamente com todo o material apreendido, à autoridade de plantão.

Em outra ocorrência, desta vez na localidade de Mata Fria, em operação conjunta entre o BPMA e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) foram confeccionados cinco boletins criminais pela prática de crimes ambientais contra a flora.

O primeiro boletim foi confeccionado por haver um serviço de terraplanagem de aproximadamente 350 metros quadrados, com talude de aproximadamente dois metros.

O segundo foi confeccionado em desfavor de um proprietário local que possuía um terreno de aproximadamente 4.846 metros quadrados, com uma casa de alvenaria de aproximadamente 6 metros por 8 metros, um platô de aproximadamente 500 metros quadrados e um poço escavado de aproximadamente 250 metros quadrados em APP (Área de Preservação Permanente). Ainda foi constatado nesse local que, ao longo de vários anos, vem ocorrendo supressão de vegetação nativa da mata atlântica.  Foi verificada a realização do corte de várias árvores de vegetação nativa da mata atlântica em estágio médio de regeneração, sendo realizada também nesta ocasião uma notificação pelo IDAF.

O terceiro boletim foi motivado por uma supressão de vegetação nativa da mata atlântica. Comparando as imagens atuais com imagens do Google Earth do ano de 2014, observou-se um desmate de aproximadamente 1.800 metros quadrados, sendo que parte da supressão da vegetação se encontra em APP. Foi constatado também neste local um poço escavado em APP e um platô.

O quarto boletim foi motivado por uma construção de alvenaria em APP medindo aproximadamente 3 metros por 5 metros, sendo também realizada uma notificação pelo IDAF por essa irregularidade.

Finalizando as fiscalizações na região, o quinto boletim foi confeccionado devido a abertura de um poço escavado em APP (aproveitando-se de um curso hídrico) de aproximadamente 195 metros quadrados, além da abertura de um platô de aproximadamente 504 metros quadrados, com talude de 3 metros, sendo que parte do platô se encontra em APP, sendo confeccionada também uma notificação pelo IDAF para esta obra irregular.

Essas intervenções realizadas, além de irregulares (sem autorização dos órgãos competentes e outras em áreas de preservação permanente), trazem um enorme prejuízo ao meio ambiente, destruindo matas e florestas, além de prejudicar a fauna silvestre através da destruição dos habitats naturais das espécies.

Com informações da PMES