PCES prende suspeitos por desligar 31 torres e causar falta de energia, internet e telefonia no ES
Foto: PCES
A Polícia Civil (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial (DSP), apurou o desligamento de 31 torres de uma operadora de telefone, o que ocasionou a paralisação dos serviços de internet e linhas telefônicas, proveniente de furtos no Estado, desde o começo de 2021. Durante as diligências duas pessoas foram detidas.
Durante as investigações uma pessoa de 32 anos foi detida e confessou o crime do último desligamento ocorrido, na última segunda-feira (02). Ele é ex-funcionário de uma empresa terceirizada responsável pelas manutenções das torres de telefonia e dos equipamentos. Segundo as autoridades policiais, o suspeito desligou uma das torres e furtou o equipamento, no dia 13 de junho, no bairro São Pedro, na Capital.
Além dele, um homem de 25 anos foi preso em flagrante, ele comprava os equipamentos não só do homem que foi preso, mas de outros criminosos que ainda estão sendo procurados. “Ele foi conduzido, confessou a receptação, nos disse que havia interesse de revenda, o que transforma sua conduta em receptação qualificada no exercício da atividade comercial”, explicou o titular da DSP, delegado Gianno Trindade.
Segundo o delegado, cada material está avaliado em torno de R$ 25 mil. “Recebemos uma demanda da própria operadora de telefonia, de que estava sofrendo desligamentos em suas torres de telefonia, o que também afeta a transmissão da internet. Partimos de uma foto de perfil do WhatsApp, que ao fundo aparece o armário, chamado de APM, utilizado para conter e manter trancadas essas fontes subtraídas das torres. Eles já estavam até com material de levantamentos que o setor de segurança fez, então, nós partimos da desconfiança de haver funcionários terceirizados, prestadores de serviço de manutenção dessas torres envolvidos”, explicou.
O delegado contou que das 31 torres desligadas, o maior índice de desligamento foi na Região Metropolitana, com seis torres desligadas em Cariacica, três em Domingo Martins e duas em Guarapari, Itaguaçu, Atílio Vivacqua, Sooretama, Iconha e Mimoso do Sul. E uma torre foi desligada em Vitória, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá, Itapemirim, Venda Nova do Imigrante e Marechal Floriano. A suspeita é que as fontes furtadas sejam utilizadas para construção de sistema de energia solar e fornecimento de internet clandestina.
O homem de 32 anos não foi preso por não haver uma situação flagrancial, mas será investigado por furto qualificado no abuso de confiança em concurso de agentes, associação criminosa e por causar a interrupção do serviço de telefonia ou internet, cuja pena é duplicada em caso de calamidade pública. Já o suspeito de 25 anos que já possui passagens no ano de 2018 por receptação de baterias de uma grande empresa do Estado, foi preso em flagrante e sua prisão foi convertida em preventiva na audiência de custódia, dada a gravidade do crime.
“Nós acreditamos haver uma associação criminosa, da qual esse receptador é uma peça importantíssima, que se encontra preso, tendo a participação como membros os funcionários terceirizados prestadores de serviço de manutenção dessas torres. São funcionários de mais de uma empresa”, disse o delegado.
As investigações continuam para identificar e prender os demais envolvidos no crime. Das 31 fontes, apenas quatro foram recuperadas.
Com informações da PCES