quinta-feira, novembro 14, 2024
GERAL

População capixaba cobra melhorias em serviços da Cesan

Foto: Ales

A qualidade do serviço de água e esgoto prestado pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) foi tema de questionamentos na reunião da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa (Ales) realizada nesta quinta-feira (6). O encontro contou com a presença de representantes da Cesan, autoridades, vereadores, secretários municipais, ambientalistas, entre outros.

Presidente do colegiado, o deputado Gandini (Cidadania) ressaltou a importância do saneamento de qualidade para o meio ambiente e lamentou a ausência do diretor-presidente da Cesan, Munir Abud, que havia sido convocado para comparecer à comissão. “Vou acionar o Ministério Público. Um agente que está à frente de uma instituição tão importante para o Espírito Santo deve prestar contas à sociedade”, enfatizou.

Os deputados Callegari (PL), Iriny Lopes (PT) e Janete de Sá (PSB) corroboraram a fala do colega. “Não pode virar moda esse comportamento de agente público em relação ao Poder Legislativo. Temos que dar uma resposta a nossa sociedade. Esse é o nosso papel e não vamos abrir mão dele”, garantiu a pessebista.

Quem esteve presente ao encontro foi o promotor de Justiça Marcelo Lemos. O representante do Ministério Público estadual (MPES) disse que a instituição tem dados que mostram um retrato sobre o saneamento básico no Brasil. Para ele, não existe modelo ideal de saneamento e é fundamental construir um de acordo com as características do Espírito Santo. Além disso, avalia que diante do novo marco do saneamento a tendência é que ocorra a regionalização desse serviço.

“Nosso Estado não está na pior situação (de saneamento), mas não podemos nos acomodar, temos que tentar melhorar. (…) É uma competência municipal, mas que está mudando o perfil com a regionalização, está ficando híbrida. Só não podemos permitir que os municípios percam sua autonomia”, destacou.

Cesan

Coube ao diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Cesan, Pablo Andreão, fazer uma explanação sobre a empresa. Ele informou que a companhia atua em 53 municípios capixabas, atendendo 73% da população (cerca 2,5 milhões de pessoas), com 100% de cobertura de água e 77% de cobertura de esgoto. São 92 estações de tratamento de água (ETAs) e 101 de esgoto (ETEs) operando 24 horas por dia.

Dados apresentados por ele indicam que entre 2019 e 2022 foram implantados 314 quilômetros de redes de água e outros 867 de esgoto. No período foram 50 mil novas ligações de água, 47 mil de esgoto e 85 mil novos imóveis ligados. “Desde 2018 a média era de R$ 250 milhões em investimentos da Cesan por ano. Em 2021 foi para R$ 386 milhões. Em 2022 foram R$ 648 milhões. Em 2023, até junho, foram R$ 399 milhões. A projeção é de R$ 834 milhões”, afirmou.

Também comentou que existe R$ 1,5 bilhão em obras em andamento em 35 municípios e que nenhuma obra está paralisada. Uma dessas obras é a ampliação e melhoria da ETA V de Carapina que, segundo ele, deve resolver a questão do aumento da turbidez que prejudica a qualidade da água fornecida pela estação.

Citou ainda obras em Serra, Cariacica, Vila Velha, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Afonso Cláudio, Castelo, Ibatiba, Iúna, Anchieta, Conceição da Barra, Boa Esperança e Pedro Canário. “Todos os dados de governança estão no site da Cesan. Todos os investimentos estão no plano de negócios. Enviamos relatório todos os anos para o Tribunal de Contas (TCES) e para a Assembleia”, assegurou.

 

Fonte: Ales

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