quinta-feira, novembro 21, 2024
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Morre aos 93 anos, Sílvio Santos, ícone da TV brasileira

A história da TV brasileira perdeu hoje um dos nomes mais importantes, Sílvio Santos, o dono do SBT. Ele morreu aos 93 anos, na madrugada deste sábado (17), após ser internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O apresentador já tinha sido internado no início de agosto por conta de um quadro de gripe H1N1.

Sílvio Santos deixa esposa, 06 filhas e 14 netos. As filhas vão continuar o legado do pai no comando do SBT.

Sua história:

Sílvio Santos marcou a história da televisão brasileira. Ao longo dos últimos 60 anos teve passagens pelas principais emissoras de TV, incluindo a rede Globo, até criar sua própria rede: o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

Senor Abravanel, que ficou conhecido como Sílvio Santos, é filho de Alberto Abravanel e Rebeca Caro. Nascido na Lapa, no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1930, desde cedo envolveu-se em diversos negócios para ajudar a família. Na juventude, trabalhou como camelô nas ruas da capital carioca.

Aos 14 anos de idade vendia capinhas de plástico para título de eleitor e canetas, nas ruas do Rio de Janeiro. Nessa mesma época começou a frequentar os programas de auditório da Rádio Nacional.

Aos 18 anos, precisou servir ao Exército, depois conseguiu um emprego na Rádio Mauá e passou a trabalhar como locutor. Algum tempo depois foi para a Rádio Tupi e passou também pela Rádio Continental, localizada em Niterói. Visionário, algum tempo depois, criou a revista “Brincadeiras Para Você”, e a vendia nos comércios da cidade.

No ano de 1958, Manoel da Nóbrega, com dificuldades para tocar seus negócios pediu ajuda ao amigo Senor Abravanel, para que ele administrasse sua empresa, o Baú da Felicidade.  Percebendo o potencial do negócio, Senor Abravanel comprou a empresa e começou o Grupo Sílvio Santos.

No ano de 1961, Sílvio Santos estreou o primeiro programa na TV, o “Vamos Brincar de Forca”, que mais tarde se tornaria o programa Sílvio Santos, na TV Paulista, onde fazia propaganda do Baú da Felicidade. O sucesso foi tanto que ele passou a dominar as tardes de domingo na TV.

Nesse meio tempo, Sílvio Santos criou diversas outras empresas. Uma delas, a Baú Financeira, que cerca de 20 anos depois se tornou o Banco PanAmericano. Em 1991, após a empresa Liderança Capitalização ser adquirida por Sílvio, o empresário passou a vender a Tele Sena.

Em 1975, com o sonho de adquirir uma emissora própria, Sílvio Santos venceu a concorrência na compra do Canal 11, do Rio de Janeiro. Tempos depois, ganhou a concessão de mais quatro canais e fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Em 1982, entrou no ar o canal SBT.

Hoje, além do SBT e da Tele Sena, Sílvio Santos ainda é dono de diversas empresas, tais como: Jequiti, Sisan, Jequitimar, entre outras.

Entre 1962 e 1977, Sílvio Santos foi casado com Cidinha, que morreu aos 38 anos, vítima de câncer. Com ela, o empresário teve Cíntia Abravanel e adotou Sílvia Abravanel. Em 1981, ele se casou com a atual esposa, Íris Abravanel, com quem tem as filhas Patrícia, Rebeca, Daniela e Renata

Em 1989, o empresário chegou a lançar campanha à Presidência da República na TV, mas teve a candidatura barrada pela Justiça por ser dono de uma concessionária de TV

Em agosto de 2001, viu a filha Patrícia Abravanel ser sequestrada na porta da casa onde morava, em São Paulo. Depois de dias de negociação, o resgate foi pago e a jovem liberada. Logo em seguida, o sequestrador tornou a voltar à casa do empresário e fez todos de refém. Foi necessária a presença de Geraldo Alckmin, governador do estado de São Paulo, à época, para que o criminoso se entregasse.

Com seu próprio canal de televisão, o SBT, Sílvio Santos criou um jeito próprio de fazer televisão. A emissora lançou nomes como Gugu Liberato, Celso Portioli, Eliana, Mara Maravilha e mais recentemente, Maisa e Larissa Manoela.

Criou o bordão “quem quer dinheiro”, e alegrou tardes e noites de muitos brasileiros. O apresentador só se afastou definitivamente da telinha, há cerca do dois anos, período da pandemia da Covid-19, quando parou de comandar o Programa Sílvio Santos.

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